Mitos e verdades sobre a doença de Alzheimer
03/02/2021
03/02/2021
Durante o processo de envelhecimento populacional também ocorreu o aumento da prevalência de doenças crônicas e que comprometem a autonomia, como por exemplo, as demências. Os dados da World Alzheimer Association mostram que 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo. Os seus impactos afetam o idoso, familiares, cuidadores e a economia. Estima-se que os custos globais anuais com demência seja de aproximadamente 818 bilhões de dólares. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Doença de Alzheimer (DA) é a demência mais comum, representando 60-70% dos casos.
Além do prejuízo cognitivo (memória, pensamento e comportamento), a DA está associada a déficits funcionais, comprometendo as atividades de vida diária e a marcha. A variabilidade da marcha e o baixo desempenho desta tarefa também está associada como preditor de demências. A segurança da marcha requer um processo cognitivo complexo. A redução da velocidade está associada ao risco de quedas, declínio cognitivo, institucionalização e mortalidade. O prejuízo na atenção e nas funções executivas estão associadas ao ritmo mais lento e maior variabilidade durante a caminhada. Alterações na marcha podem ocorrer até 12 anos antes do diagnóstico do comprometimento cognitivo.
Apesar de não haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da doença de Alzheimer, há medicamentos para tratar os sintomas de demência. Hoje em dia, os pesquisadores continuam a buscar tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir o Alzheimer e melhorar a saúde cerebral.
Problemas com a memória, dificuldade principalmente em lembrar informações recentemente aprendidas, são normalmente os primeiros sintomas da doença de Alzheimer.
ATENÇÃO! NEM TODA PERDA DE MEMÓRIA É ALZHEIMER!
No entanto, não se preocupe, para ser caracterizado como Alzheimer provavél além do comprometimento de memória deve haver comprometimento nas atividades de vida diária. Quando estamos preocupados, estressados e com o envelhecimento também acabamos tendo pequenos esquecimentos, mas se este esquecimento começar a afetar outras tarefas diárias ou vir seguido de uma mudança de comportamento recomenda-se que procure um Geriatra, Psiquiátra ou Neurologista.
Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem:
As células do cérebro no hipocampo, uma parte do cérebro associada com o aprendizado, são normalmente as primeiras a serem danificadas pelo Alzheimer. É por isso que a perda de memória, principalmente a dificuldade em lembrar informações recentemente aprendidas, é normalmente o primeiro sintoma da doença.
Na doença de Alzheimer, as partes degeneradas do cérebro destroem as células nervosas, o que reduz a capacidade de respostas aos mensageiros químicos (neurotransmissores) que transmitem sinais de uma célula nervosa para outra. A acetilcolina, que é um neurotransmissor que ajuda a memória, aprendizado e concentração está baixo.
Acontece acumulação de uma proteína chamada beta-amilóide, placas senis, emaralhados neurofibrilares e aumento de proteína Tau. Tais anomalias se desenvolvem em algum grau em todas as pessoas à medida que envelhecem, mas são muito mais numerosas em pessoas com a doença de Alzheimer. Os médicos não têm certeza se as anormalidades no tecido cerebral causam a doença de Alzheimer ou resultam de algum outro problema que faz com que ocorra tanto a demência quanto as anormalidades no tecido cerebral.
Algumas pesquisas apontam para:
O tratamento da doença de Alzheimer envolve medidas gerais para proporcionar segurança e apoio, da mesma forma que para todas as demências. Além disso, determinados medicamentos podem ajudar por um tempo. A pessoa com doença de Alzheimer, os familiares, outros cuidadores e os profissionais da área da saúde envolvidos devem discutir e decidir sobre a melhor estratégia a ser seguida.
São tratadas a dor e outras doenças ou problemas de saúde (por exemplo uma infecção do trato urinário ou uma constipação). Esse tratamento pode ajudar a manter a função em pessoas com demência.
A Fisioterapia atua tanto de forma preventiva como na manutenção, estimulando a funcionalidade dentro do que é ainda é possível, mas prevenindo as complicações da doença. É um trabalho tanto físico como de estimulos cognitivos (dupla tarefa). Nas fases mais avançadas previne-se complicações motoras e respiratórias do imobilismo. Além das orientações de adpatações para permitir o potencial do paciente, orientações de familiares e cuidadores e ainda na comunicação com a equipe que acompanha este idoso. De qualquer forma este idoso precisa ser estimulado, bem como sua independência. Sua família e rede de cuidadores acolhidos e orientados.
Não existe um simples exame que indique se a pessoa tem a Demência de Alzheimer. O diagnóstico requer uma ampla avaliação médica, a qual pode incluir: Histórico médico familiar, exame neurológico, bateria cognitiva realizada por neuropsicólogo (demora alguns dias), exames de sangue para descartar outros sintomas, Exames de imagem cerebral.
O diagnóstico de certeza só será possível com o exame histopatológico do tecido cerebral, obtido por biópsia ou após a morte por necropsia.